Cinderela em Paris

“Funny Face” de 1957 - Cinderela em Paris!

Vale a pena assistir esse clássico musical recheado de belas cenas na Cidade Luz.
Maggie Prescott (Kay Thompson) é editora da famosa revista feminina Quality Magazine, um ícone da moda, exigente, enlouquecida e perfeccionista provavelmente inspirada na em uma das maiores editoras de todos os tempos Diana Vreeland, chefe da Vogue América em 1962 atual cargo de Anna Wintour. Maggie está a procura de um novo rosto que expresse mais que beleza, ou seja que cative, encante e que acima de tudo passe credibilidade e modernidade.
Esse rosto é de Jo Stockton ( Audrey Hepburn) uma moça que trabalha em uma livraria de um bairro intelectual e boêmio de Nova York. Seu visual displicente remete ao estilo Beatnik dos anos 50, seu estilo de vida e seus interesses podem ser associados a duas vertentes intelectuais da época, os movimentos dos poetas da geração beat e os existencialistas seguidores de Jean Paul Sartre se mesclam e atingem jovens de classe média inconformados com a sociedade e com um pensamento transformador.
Jo é seguidora da doutrina Enfaticalista, baseada na empatia, onde a pessoa deve sentir o que o outro sente (se colocar no lugar do outro). Isto funcionará para a relação de cumplicidade entre ela e a editora e entre ela e seu amor, o fotógrafo Dick Avery, personagem de Fred Astaire . Essa filosofia, que romantizada resulta no fim dos conflitos da trama. A menina, avessa à moda e suas futilidade, se harmoniza naturalmente à alta-costura.

O filme é LINDO e está associado a elegância, classe e estilo com doçura e encanto se tornou um signo universal referente a moda e aparência feminina.

Beijinhos.